Com a chegada e a popularização dos aparelhos de tecnologia Inverter, uma dúvida tem sido comum entre clientes e instaladores de ar-condicionado: Inverter é mais vulnerável a queimar ou apresentar algum defeito em variações de tensão de energia do que os Splits convencionais? Ele causa mais problemas por causa dessa oscilação? Lançamos a questão nas nossas redes sociais e veja só que dizem os profissionais da área.
O Inverter tem muito mais peças que os Splits comuns
Fazendo um apanhado dos comentários, percebemos que muitas pessoas ainda não recebem muito bem a tecnologia Inverter. Consideram os aparelhos mais complexos e mais caros de serem instalados, dizem que esses equipamentos exigem uma manutenção mais cuidadosa e que os riscos de que alguns componentes venham a queimar é realmente maior.
Acontece que o Inverter, assim como acontece com qualquer outra tecnologia que é novidade, sofre com alguma resistência natural do mercado. Porém, o que alguns apontam é verdade: o Inverter possui um risco maior de queimar sob variações de tensão de energia. Mas isso só ocorre porque esses equipamentos possuem bem mais placas e partes eletrônicas do que os Split comuns, também chamados de On/Off. O próprio funcionamento do Inverter exige essa maior complexidade, já que ele possui um sistema mais inteligente e voltado ao uso eficiente e econômico de energia.
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Riscos podem ser evitados com atenção e aterramento
Vários comentários saem em defesa dos aparelhos Inverter dizendo que, embora os riscos realmente sejam maiores, isso pode ser contornado com uma boa instalação elétrica e um aterramento bem feito. Normalmente o aterramento é um serviço cobrado à parte pelos técnicos e instaladores, e por isso alguns diriam que é também apenas uma desculpa para ganharem mais dinheiro.
Entretanto, não há como negar que a tecnologia Inverter vem ganhando cada vez mais espaço no mercado de condicionadores de ar domésticos. Por exemplo, a LG, uma das maiores fabricantes do setor, hoje só trabalha com a linha Inverter. Não parece que uma empresa desse tamanho e nome iria arriscar tudo numa tecnologia falha e sem futuro, não é? Aliás, Saulo Cici, que estuda engenharia mecânica e é fundador da TR3Z Projetos e Tecnologia, além de contribuir como colunista aqui do WebAr, afirma com toda a certeza que o Inverter e tecnologias similares são o futuro da climatização.
Compensa todo esse trabalho?
Alguns acham que os benefícios da tecnologia ainda não compensam, pois deixa o cliente a mercê de uma máquina que, segundo eles, pode estragar a qualquer momento e custar caro para ser consertada – e que, portanto, não compensa na economia de energia. Além disso, apontam que essa vulnerabilidade elétrica tira a credibilidade do técnico que fez a instalação, pois o cliente nem sempre iria entender que é o aparelho que é mais “sensível”.
Saulo afirma que os Inverter são aparelhos muito mais evoluídos, e que todo o planeta caminha na direção de equipamentos com menor consumo energético e maior eficiência. Ele e outros acham que a classe de profissionais de HVAC terá de aprender a lidar com a complexidade do Inverter. Além disso, muitos deles pensam que esses riscos de queimar só são maiores agora. No futuro eles esperam que a tecnologia vá se aprimorando à medida que se dissemina e adquire mais proteções internas que não exponham tanto os componentes desses Splits.
E você? Qual sua opinião sobre o Inverter?
Acredito que a tecnologia inverter tem um futuro promissor e um amplo mercado a preencher, contudo, devido à mão de obra escassa, ou cara, no conserto principalmente das suas placas inversoras, deixa -nos com o ‘pé atrás’ , ao indicar a tecnologia e depois assumir a responsabilidade no caso de problemas precoce, que não aconteceria em um equipamento convencional. Mas não pode-se negar que dentro de pouco tempo, com certeza preencherá o mercado.
Obrigada por compartilhar com a gente sua opinião, Guínete. Também acreditamos que o Inverter tomará conta do mercado logo logo. Muitas fabricantes inclusive só estão desenvolvendo aparelhos com essa tecnologia. Torcemos para que o mercado de instaladores se qualifique para atender a demanda.
Grande abraço.