Redação do WebArCondicionado
À medida que cada ano passa, organizações especialistas em pesquisas climatológicas fazem análises sobre as temperaturas registradas no decorrer do tempo. Será que temos um novo ano mais quente da História no mundo? Imagina no verão então!
Afinal, os cinco recordes mundiais de calor foram batidos todos nos últimos cinco anos, com 2018 sendo o quarto ano mais quente da história desde 1880, início das medições.
De acordo com a Nasa (Agência Espacial Americana), a Noaa (Agência Nacional de Oceano e Atmosfera dos EUA), o Met Office britânico e a OMM (Organização Meteorológica Mundial), 2018 perde apenas para 2016 (o ano mais quente da História registrado até aqui), 2015 e 2017 no ranking dos anos mais quentes. Veja a lista:
Anos mais quentes da História
- 1º lugar – 2016
- 2º lugar – 2015
- 3º lugar – 2017
Voltando um pouco mais no tempo, vale lembrar que nove dos dez anos mais quentes registrados aconteceram desde 2005. Antes desse período, o ano mais quente teria sido registrado em 1934.
Por que 2016 foi o ano mais quente da História até agora?
O ano de 2016 mantém o título de ser o mais quente por ter batido o maior recorde, com a temperatura média de 1,2 grau acima da referência pré-industrial, período entre 1880-1900.
Segundo a Organização Meteorológica Mundial, a tendência da temperatura a longo prazo é muito mais importante do que a classificação dos anos individualmente, especialmente quando se trata do aquecimento no Ártico, onde as temperaturas estão aumentando duas vezes acima do ritmo da temperatura global.
A organização ressalta ainda que 2016 foi predominantemente quente por causa do impacto do El Niño, fenômeno cíclico natural relacionado ao aumento das temperaturas na região leste do Pacífico tropical.
Se não fosse o El Niño, 2017 teria sido o ano mais quente. Aliás, foi nesse período que ocorreu o fenômeno oposto, o La Niña, que esfria os termômetros.
Apesar dessas mudanças climáticas, 2017 praticamente empata com 2015 como o ano mais quente após o recorde registrado em 2016.
O calor crescente é uma realidade
Esse calor cada vez mais acentuado em conjunto à tendência de aquecimento da Terra a longo prazo são confirmados por cinco bases de dados distintas, que usam diferentes metodologias para organizar um compilado das médias globais.
Tanto a Nasa, quanto a Noaa, o Met Office britânico e a OMM mostram que as médias de temperatura global seguem crescendo em relação à era pré-industrial, com 2018 ultrapassando 1ºC, por exemplo.
E 2019?
Com o 2019 terminando, se concluiu que esse pode ser o segundo ano mais quente desde o início dos registros. Os dados que comprovam isso foram informados pela Noaa.
A agência ainda divulgou que existiram temperaturas recordes de outubro quentes em partes do Oceano Pacífico Norte e Ocidental, nordeste do Canadá, e espalhadas pelo Oceano Atlântico Sul, África, Europa, Oriente Médio, Oceano Índico e América do Sul – inclusive no Brasil!
Segundo os estudos, há cerca de 85% de chance de 2019 acabar sendo o segundo mais quente até aqui, com possibilidades remotas de ser o terceiro. No geral, porém, é praticamente certo que o ano seguirá a tendência e acabará sendo um dos cinco anos mais quentes até agora.
O que causa o aquecimento e como evitá-lo
As atividades humanas, mais precisamente a queima de combustíveis fósseis, como carvão e petróleo para geração de energia, são os principais contribuintes para os gases do efeito estufa, que estão aquecendo cada vez mais o planeta.
Na contramão dessa ideia, o Acordo de Paris realizado em 2015 estabeleceu como sua meta mais ambiciosa que o mundo faria esforços para limitar o aquecimento global a 1,5ºC.
Em outubro de 2018, o IPCC, painel de climatologistas das Nações Unidas, publicou um relatório informando que esse meio grau que falta pode ser atingido já em 2040.
Para evitar que isso ocorra, será preciso cortar 45% das emissões de gases de efeito estufa do mundo até 2030 – e a chance de que isso ocorra atualmente é praticamente nula.
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