* Atualizado em 26/02/2019
Tomadas e plugues fazem parte do mundo da climatização. Antes, existiam plugues de tudo que é tipo, eram mais de doze ao todo, sem contar as tomadas específicas para cada um deles. Tinha plugue reto, redondo, de três ou dois pinos. Mas essa confusão acabou em 2010, quando as peças foram padronizadas para melhorar a segurança e o consumo de energia mais eficiente dos aparelhos elétricos.
Cada instalação tem as suas particularidades mecânicas e/ou elétricas, variando conforme o local onde o ar-condicionado será inserido. Alguns equipamentos são ligados diretamente na rede elétrica e outros conectados em disjuntores externos. Para as pessoas que possuem o aparelho ligado a um disjuntor por meio do plugue, é bom ficarem atentas a isso aqui: em 2010, o INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) anunciou a implementação das novas tomadas obrigatórias no Brasil.
No ano seguinte, conforme previsto, todas as etapas do processo de criação do padrão brasileiro de plugues e tomadas se ajustaram às normas da ABNT, a Associação Brasileira de Normas Técnicas, através da NBR 14.136. O que isso quer dizer? Vamos explicar:
Leia nessa postagem:
– O que mudou com os últimos plugues e tomadas
– Somente pinos redondos
– Tomadas compatíveis
– Sobre a padronização
– Porque não escolheram um padrão já existente em outro país?
Quando mudaram os Plugues e Tomadas
A padronização tornou-se obrigatória por meio de uma portaria do instituto publicada em 2000. Naquele ano foram estabelecidos diferentes prazos para que os vários segmentos da indústria adotassem as novas regras a partir de janeiro de 2010. Nisso estava incluso todo o processo de conversão concluído, inclusive por parte do comércio, até julho de 2011, quando os aparelhos elétricos e eletrônicos à venda deveriam estar adaptados.
Como são hoje os plugues e tomadas
Segundo o Inmetro:
– Acabam os plugues de pino chato; os aparelhos passam a ter plugues somente com pinos redondos.
– Dependendo das características do aparelho, ele poderá ter plugue de dois ou três pinos.
– O terceiro pino funciona como fio terra dos produtos que precisam de aterramento para evitar choques, desde que a instalação elétrica residencial disponha desse recurso.
– Os pinos terão diâmetros diferenciados de acordo com a corrente elétrica de que o aparelho necessita para funcionar. Essa informação deverá constar na embalagem dos produtos. Terão um diâmetro para aparelho que operam com até 10 amperes e outro para os que operam entre 10 amperes (4 mm) e 20 amperes (4,8 mm). Isso impede que um aparelho de maior amperagem possa ser conectado à instalação de até 10 amperes, sobrecarregando-a.
– Em alguns casos, o consumidor terá que trocar as tomadas antigas por novas que estejam dentro do padrão para poder conectar aparelhos com plugues padronizados.
– Em alguns casos será necessário o uso temporário de adaptadores, certificados pelo Inmetro, para conectar aparelhos com plugues fora do padrão a instalações elétricas que estejam dentro do padrão, bem como de aparelhos com plugues padronizados às instalações elétricas com tomadas não padronizadas.
– As tomadas são em formato de poço, ou seja, a entrada é funda e protegida por uma guarnição que é o próprio formato da tomada. Isso é importante para que as mãos do usuário tenham ainda mais dificuldade para entrar em contato com a rede elétrica. Também força o plugue a entrar reto e não um de cada vez, o que pode causar sobrecarga e até curtos circuitos.
Somente pinos redondos
O Brasil costumava ter mais de doze tipos de plugues e oito de tomadas. Segundo Gustavo Kuster, gerente de conformidade do Inmetro na época das mudanças: “Essa diversidade toda causa uma série de situações de riscos. A incompatibilidade levava a que o consumidor adotasse uma série de opções sem qualquer segurança, como lixar o pino do plugue. Além, naturalmente, da perda da energia elétrica, transformada pela irregularidade em calor com risco ao usuário.”
Para ele, o mérito da padronização que está sendo adotada pelo Inmetro é exatamente o aumento da segurança. “A tomada e o plugue, como hoje são feitos, permitem o que chamamos de inserção parcial. A finalidade da padronização que vem sendo discutida desde o final da década de 1990 tem esse objetivo da segurança.”
Com a padronização, o mercado brasileiro passa a ter apenas dois modelos de plugues e tomadas: de dois e de três pinos redondos.
Tomadas compatíveis
O consumidor brasileiro se preocupou bastante com a decisão do INMETRO de padronizar plugues e tomadas. Porém a mudança foi tranquila, pois 80% dos plugues antigos utilizados no país se conectavam à nova tomada. As mudanças para o consumidor final tiveram início a partir de 1º de janeiro de 2010, quando ele foi comprar equipamentos como refrigerador, máquinas de lavar roupa, ar-condicionado e micro-ondas. “Para [usar] esses equipamentos, ele terá que trocar a tomada de sua casa”, explicou Gustavo Kuster na época. E esse realmente foi o maior empecilho registrado.
Padronização
O processo de padronização de plugues e tomadas no Brasil estava em discussão no âmbito do Inmetro há cerca de duas décadas, mas só foi concluído em 1º julho de 2011. “A partir dessa data, o comércio não podia mais vender nenhum produto fora do novo padrão, fosse ele nacional ou importado”, disse Kuster.
Por que não uma tomada universal ou que já é popular em outros mercados?
Gustavo Kuster explicou na época, á revista Info, que não existe tomada universal. Os Estados Unidos têm um padrão, a Europa tem vários outros, cada país da América do Sul tem o seu. Nós poderíamos, por exemplo, ter copiado o padrão americano. Mas, veja, o padrão deles funciona bem por lá, aqui não é seguro para funcionar na variedade de redes elétricas que existe.
Poderíamos ter escolhido o alemão, que é um dos mais seguros do mundo, mas é um padrão caro. Em alguns casos, o plug na Alemanha tem até um fusível dentro, isto não é uma maravilha de segurança? Sem dúvidas, mas é algo caro para o Brasil. Então, optamos por um padrão que é compatível com a maior parte dos eletrônicos que já existe no país e também é compatível com boa parte das tomadas e plugues da Europa e América do Sul, que se baseia em dois pinos redondos.
Acho ótimo. Pois além da padronização, teremos tomadas mais seguras.
Tomadas mais seguras dependem da fabricação e não da padronização. O que tenho visto são tomadas, extensões, adaptadores e filtros de linha de PÉSSIMA qualidade no mercado… isso ninguém fiscaliza?