O Brasil é um país com um território muito extenso e com diversos ecossistemas, isso quer dizer que o clima no nosso país é bastante variado, especialmente no que diz respeito às chuvas. Há determinadas épocas do ano que, enquanto em algumas regiões faz muito calor e impera a seca, em outras faz frio e chove quase todos os dias. Vamos entender como e porque isso acontece?
Como acontece a chuva
Isso é o básico, e você deve lembrar dessa parte das aulas de ciência ou geografia na escola, não é? A água evapora, vai parar na atmosfera, vai acumulando até virar uma nuvem. Quando a nuvem está pesada e cheia d’água, ela perde altitude e volta a virar líquido e cai em forma de chuva.
Como se faz a previsão e o cálculo de chuva
Tá bom, agora que a gente já sabe como o fenômeno da chuva acontece, vamos descobrir como prever que ela vai acontecer. A previsão do tempo é uma ferramenta muito útil e valiosa, especialmente para quem se desloca diariamente pelas grandes metrópoles, para quem trabalha no setor agropecuário e para as gestões públicas que precisam evitar desastres como enchentes e deslizamentos. Mas como ela é feita?
Parece complicado, e realmente é, mas vamos simplificar um pouco aqui: as principais medidas que um meteorologista precisa para fazer uma previsão do tempo apurada, é a temperatura, a pressão atmosférica, a umidade e a precipitação. Essa última é a mais importante para entender as chuvas.
Como se mede a precipitação
A precipitação é medida através de um aparelho chamado pluviômetro. Sabe o que ele faz? Ele mede de a altura da água que chove em determinado lugar.
Como assim?
O pluviômetro mede áreas de 1m² e determina, em milímetros, a altura do volume de água que caiu ali. Quando consegue calcular esse volume numa determinada área, o pluviômetro consegue estabelecer quantos milímetros de água choveu em uma região.
Ainda tá confuso de entender? Ok, vamos pensar assim: se em um 1m² a chuva acumulou 100mm de água, isso quer dizer que, quando temos que pensar em toda a água que caiu ali naquele único metro quadrado, precisamos multiplicar esses milímetros pelos metros cúbicos. Se levarmos em conta que, 1m³ é igual a mil litros de água, 100mm de precipitação em 1m² equivale a 100 litros de água caindo em cima de um único metro quadrado. E isso, é o volume de chuva.
Por que é importante saber o volume de chuva?
Quando conhecemos o volume de chuvas, podemos saber quais riscos estão envolvidos. Dependendo do volume, podem ser antecipadas enchentes, cheias de rios, deslizamentos e o impacto nas plantações.
A chuva nas regiões do Brasil
Já sabemos como se forma a chuva e como se faz para prever e calcular o seu impacto, certo? Então vamos agora entender como as chuvas se formam em diferentes regiões e épocas do ano pelo Brasil.
A chuva e a amazônia
Primeiro é preciso falar da Floresta Amazônica. Essa região do país manda muita umidade para a atmosfera, formando assim os chamado Rios Voadores. Às vezes as massas de água deslocadas no ar por causa da Amazônia, superam o volume de água do próprio Rio Amazonas. Essas correntes de água viajam pela atmosfera e se espalham para outras regiões do país.
Massas de ar
Outro fator que interfere na formação de chuvas são as massas de ar. Como o Brasil tem um território muito extenso, muitas massas de ar interferem no clima do nosso país. Por exemplo, massas de ar frio costumam atingir as regiões mais ao sul, provocando um inverno rigoroso, enquanto outras massas de ar vindas do Oceano Pacífico, a oeste, tem dificuldades para atravessar os Andes e entrar nas nossas fronteiras.
Anomalias climáticas
El Niño
Por fim, outro fator que altera os ciclos de chuva no país são fenômenos climáticos como o El Niño e o La Niña. O El Niño é causado quando há calor demais nas massas de ar formadas sobre o Oceano Pacífico na altura do Peru. Isso enfraquece a formação da chamada massa de ar Equatorial Continental, que é responsável por transportar aqueles Rios Voadores de que falamos antes, lembra?
Ou seja, esse fenômeno altera a direção de algumas massas de ar no norte do Brasil, provocando, no caso, a diminuição das chuvas por lá e resultando em fortes e longos períodos de seca. Por outro lado, o sudeste do Brasil fica com chuvas acumuladas, as massas de ar também ficam retidas aqui e o calor aumenta, formando um clima muito propício para fortes tempestades nesta região.
La Niña
Já o La Niña é mais raro, e é o oposto do El Niño, pois ocorre devido ao resfriamento das massas de ar formadas sobre o Oceano Pacífico na altura do Peru. Daí começa a chover bem mais no norte e no nordeste do Brasil. As temperaturas ficam mais estáveis por lá, com as estações melhor definidas, enquanto o sudeste apenas perde calor porque as massas de ar circulam com mais facilidade pelo país – as chuvas, entretanto, não tendem a diminuir. A não ser no sul, que, por consequência dessas altas concentrações de chuva do sudeste para cima, acaba não recebendo muitas frentes de umidade.
Um Brasil de muitas chuvas
Como podemos perceber por este rápido panorama acima, fazer a previsão de chuvas no Brasil não é trabalho para qualquer um. Se ficou alguma dúvida, ou algum ponto que você gostaria de ver mais aprofundado, mande nos comentários que a gente com certeza vai te ajudar a entender melhor como funcionam as chuvas no Brasil!
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