Calor. Muito calor. Com o aumento constante das temperaturas no mundo todo, o ano de 2015 ano está na pole position para levar o título de ano mais quente já registrado, e não mostra sinais de que irá diminuir o ritmo na reta final.
Prova disso é que agosto foi o sexto mês do ano a estabelecer um recorde de calor, de acordo com novos dados do Centro Nacional de Informação Ambiental (NCEI) dos EUA. Como nesse mês é verão no hemisfério norte, cinco desses meses também apareceram entre os 10 meses mais quentes que o NCEI já registrou.
De acordo com cálculos realizados usando temperaturas até julho, este ano tem uma chance de 97% de ser o ano quente já registrado, roubando o título de 2014. Esse percentual deverá ser revisto com o novo recorde de agosto. “Isto continua uma tendência que temos visto desde a última parte de 2014, uma tendência de temperatura muito quente em relação à história”, afirma Deke Arndt, o chefe da divisão de monitoramento do clima do NCEI.
Causas
A razão para o recorde deste ano ser tão certo é porque têm sido registrados meses ultraquentes desde janeiro e as temperaturas não têm mostrado sinais de abrandamento. O planeta teria que presenciar uma onda gigantesca de frio esse ano para não ser o mais quente já registrado.
Além disso, 2015 superou todos os outros anos do início ao fim por ter o calor recorde dos oceanos a seu favor. Agosto estabeleceu o recorde de temperaturas mais quentes já registradas no mar, embora as áreas de terra também estejam mais quentes. Os oceanos são muito lentos para responder às mudanças de temperatura. É em parte por isso que é tão improvável que 2015 perca o título de ano mais quente da história.
Décadas de aquecimento induzido pelo homem levaram o planeta a este ponto. São 368 meses seguidos de calor acima do normal e já fazem mais de 100 anos desde que o planeta teve um ano com recorde de frio. Arndt afirma que o El Niño está essencialmente ajudando o planeta a estabelecer o recorde.
Como o fenômeno deve persistir até pelo menos o início de 2016 e continuar sua influência sobre o aquecimento global, é possível que 2015 também tenha um curto reinado como o mais quente já registrado, sendo substituído pelos anos seguintes.
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