Ocorreu, na última terça-feira (19/11), na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) o seminário “Setor Hoteleiro, Gestão Sustentável”, organizado pelo Sindicato da Indústria de Refrigeração, Aquecimento e Tratamento de Ar no Estado de São Paulo (Sindratar-SP), em parceria com a Fiesp. Entre os assuntos abordados estava o VRF (Variable Refrigerant Flow) ou Fluxo de Refrigerante Variável, modelo de ar condicionado com apenas uma unidade externa ligada a múltiplas unidades internas operando individualmente.
O que os profissionais disseram:
O engenheiro Ari Edison Silva, gerente da Fam da Amazônia (representante da divisão de ar condicionado da Mitsubishi Electric no Brasil), apontou as facilidades do sistema. “O usuário comanda o VRF com o acionamento proporcional ao seu uso. O sistema só vai ligar quando algum usuário precisar de ar condicionado e isso poupa energia. Ele não precisa de dutos e casas de máquinas, podendo ser aplicado facilmente em prédios existentes”, explicou Silva.
De acordo com o engenheiro e especialista em ar condicionado, Oswaldo de Siqueira Bueno, da Oswaldo Bueno Engenharia, “os prédios antigos eram feitos para funcionar só com ventilação natural, então tinham pátios internos, janelas que permitiam que o ar circulasse e com isso eles conseguiam um bom conforto porque a arquitetura foi estudada para permitir isso”.
O Portal WebArCondicionado entrou em contato com Oswaldo Bueno em busca de mais informações sobre o VRF aplicado em hotéis. O especialista deixa claro que a definição do melhor sistema varia conforme o profissional, mas que em sua opinião “é o mais adequado desde que exista um sistema dedicado ao tratamento do ar externo e as unidades internas do tipo console piso e teto, cassete e embutida com filtros de ar obedeçam a resolução da ANVISA RE-09 de 2003 e a ABNT NBR 16.401 parte 3 de 2008”.
Conforme Bueno, o VRF leva vantagem quando o objetivo é atender múltiplos ambientes de pequena capacidade. “Em um quarto de hotel o VRF leva vantagem por permitir o uso de unidades internas de pequena capacidade. Um quarto de 25m² normalmente necessita de 3,516 kW ou 12.000 BTU/h de capacidade de refrigeração, interligados a uma central de condensação atendendo um ou mais andares, permitindo assim o uso somente do sistema de ar condicionado nos ambientes utilizados”, diz o engenheiro.
VRF
O sistema VRF é o modelo de ar condicionado que pode ser usado em residências amplas e edifícios comerciais. Ele conta com uma unidade externa ligada a até 64 unidades internas, onde cada uma opera individualmente. Ele oferece o conforto de poder controlar a temperatura de cada ambiente de forma individual e reduz o consumo de energia.
Seminário
Além de Ari Edison Silva, com o tema “Sistema VRF Aplicado a Hotéis, Novas Tecnologias para Aproveitamento de Energia” e de Oswaldo de Siqueira Bueno, com “Aproveitamento Simultâneo da Absorção e da Rejeição de Calor em Sistemas de Ar Condicionado em Hotel”, a programação do seminário contou com a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, com o tema: “Panorama do Setor Hoteleiro no Brasil”, Paola Figueiredo, Diretora da Newmar Energia e Sustentax Engenharia de Sustentabilidade, com a apresentação: “Concepção, Implantação e Gestão de Empreendimentos Hoteleiros Sustentáveis” e com Alexandre Eliasquevitch Garrido, Engenheiro Geólogo, com o tema “O que é um Hotel Sustentável?”.
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