Por Ivan Romão em coautoria com Marcelo Mesquita e Rafael Dutra
Mofo, umidade e infiltrações são inimigos que podem causar bastante estrago. Por isso, manter os ambientes internos bem ventilados e se possível com eficientes sistemas de desumidificação é a melhor forma de combatê-los.
Os sistemas de desumidificação têm como finalidade retirar a umidade dos ambientes. Os locais podem ter diversas fontes de umidade, como pessoas, água líquida de diversas fontes, ar externo da renovação do sistema de ar-condicionado e infiltrações.
Em algumas situações, o ar proveniente de fora pode ser responsável por entre 50% e 80% da carga úmida do lugar e, se o sistema de ar-condicionado não for projetado para lidar com essa carga de umidade de forma adequada, o ambiente terá umidade relativa elevada. Assim sendo, sistemas auxiliares podem ser adotados para complementar a capacidade de desumidificação.
Sempre que forem constatadas altas cargas de umidade, faz-se necessária a instalação de equipamentos para desumidificação. Estes devem ser dotados de dispositivos de leitura e controle da umidade ambiente para não reduzir a umidade relativa e causar desconforto e problemas de saúde. Caso o sistema de ar-condicionado não seja bem dimensionado para o ambiente, o ressecamento pode ocorrer.
Os desumidificadores têm umidostato, um mecanismo do sistema de climatização que mede o percentual de umidade relativa e regula a capacidade de desumidificação do sistema, controlando os níveis necessários para cada processo.
Pode-se dizer que não existem desvantagens em relação a esses sistemas. E, como vantagens, a prevenção da proliferação de microrganismos como fungos (responsáveis pela formação de bolor e de mofo), bactérias e ácaros. Além disso, auxiliam na preservação de equipamentos, prolongando sua vida útil, protegem metais contra a ação de ferrugem, entre outros benefícios.
Nos últimos tempos, em decorrência da pandemia da covid-19, muito se tem falado a respeito da qualidade do ar. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, os valores de umidade do ar devem ficar entre 40% e 70%.
A recomendação da ASHRAE (American Society of Heating, Refrigerating and Air-Conditioning Engineers – em tradução livre, Sociedade Americana de Engenheiros de Aquecimento, Refrigeração e Ar-condicionado) é que o controle seja feito entre 40% e 60%.
Um estudo em supercomputador japonês mostrou que a umidade pode ter efeito grande na dispersão de partículas de vírus, aumentando o risco de contágio de coronavírus em ambientes fechados e secos durante os meses de inverno.
Em resumo, o cuidado em ambientes internos é necessário sempre, seja pela qualidade do ar, seja para combater a disseminação de ácaros, mofo, fungos e bactérias, evitar infiltrações ou até mesmo o novo coronavírus. Devemos ficar atentos.
Ivan Romão é gerente da Febrava, a principal feira da cadeia AVAC-R; Marcelo Mesquita é Secretário Executivo DN Qualindoor; Rafael Dutra é Coordenador de Aplicação Trane Technologies
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