Por que investir na eficiência energética de climatização?A procura por sistemas de climatização eficientes que priorizam a economia de energia em grandes empresas e fábricas vêm crescendo a cada ano no Brasil. Apesar de ainda não possuírem o melhor custo de aquisição, aos poucos esses modelos estão se tornando economicamente mais acessíveis. Assim, os administradores estão considerando o investimento em novos sistemas, diante das vantagens totais durante a vida útil dos aparelhos.

Diante desse aumento, as empresas vêm buscando formas de diminuir ainda mais os custos na operação e manutenção desses aparelhos. Investindo desta forma em soluções com maior eficácia e que atraiam um número cada vez maior de empreendedores.

Política favorável

Entre os fatores que permitem o investimento em equipamentos e garantem maior eficiência energética, está a política econômica brasileira. Para Luiz Moura, gerente de vendas industriais para a área de retrofits das Indústrias Tosi, isso se deve a estabilidade econômica após a entrada do plano real. Dessa forma, pautados por ferramentas, projetos e indicadores financeiros, os empreendedores são motivados a investir a médio e longo prazo em planos sustentáveis.

Exemplo disso é o Programa de Eficiência Energética (PEE). Criado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), ele motiva as concessionárias de energia elétrica do país a empregar 1% da sua receita operacional líquida anual em projetos de eficiência energética. Disso, 50% devem ser para desenvolvimento e pesquisa, enquanto o resto é destinado para projetos e eficiência energética.

Mão de obra qualificadaAtendimento à altura

Os principais investimentos estão voltados na construção de aparelhos mais eficientes e na capacitação de profissionais da área. O que gera novas soluções de engenharia para atender as necessidades dos clientes.

A DAIKIN, por exemplo, trouxe em parceria com o SENAI “Oscar Rodrigues Alves”, um curso que tem como objetivo capacitar profissionais de instalação e manutenção de equipamentos de condicionamento de ar. Focado em equipamentos de condicionamento de ar do tipo VRV, ele faz parte do programa da empresa para a preparação de engenheiros e técnicos.

HVACMaior controle do processo

O setor de HVAC-R é um dos que mais se buscar maior eficiência energética. Isso se deve ao fato desses equipamentos trazerem um custo benefício, principalmente com a aplicação de controle de velocidade dos motores elétricos a partir dos variadores de freqüência (VLTs). Eles têm a função de ajustar o sistema para a necessidade do momento, trazendo além da sensação de conforto uma grande economia de energia. De acordo com o gerente da HVAC-R da Danfoss na América Latina, Carlos Navarro, investir nesse setor é um processo que deve ser feito desde o desenvolvimento de novas máquinas com maior eficiência até as reformas de instalações mais antigas e menos eficientes. Com o aumento de edifícios sustentáveis em 2012, a busca pelas certificações LEED (GBC Brasil) e AQUA (Fundação Vanzolini) fez com que as empresas investissem em melhorias no sistema de aquecimento, ventilação e ar-condicionado.

Investimento em ChillersAtualizando a acessibilidade

Outra saída que traz inúmeras vantagens é a atualização de Chillers. Os novos modelos apresentam, desde sua concepção até a operação, uma redução no consumo de eletricidade, necessitando desta forma de instalação de uma menor potência elétrica, tornando-se mais acessíveis. Além disso, essas máquinas trazem maior facilidade na hora de operá-las, já que ela trabalha em diversas condições de temperatura de água gelada e de condensação, o que reduz o sistema de bombeamento de água e o investimento em bombas e hidráulicas.

Desta forma, os ganhos energéticos, comparados a chillers com tecnologia de compressão menos avançada, podem superar os 100%. “Existem aplicações onde o investimento na aquisição de novos Chillers é inferior a dois ou três anos”, afirma.

Flexibilidade na hora de criar novos projetos

Segundo o gerente de produtos aplicados da Daikin McQuay, Luciano Marcato, o mercado oferece flexibilidade para que o cliente escolha equipamentos com alta eficiência, sendo que existem projetos com dois tipos de aparelhagem: um com variador que combate a carga parcial e outro com velocidade fixa, utilizada para plena carga, aumentando a eficiência global da planta de água gelada.

No Aeroporto Internacional de Guarulhos, em Cumbica, (SP), foram aplicados chillers parafuso de 265 TRs. Esse projeto trouxe mais economia na geração de água gelada do que o projeto original, que contaria com a presença de dois chillers parafuso com condensação a água de 400 TRs. O fato de exigir a utilização de água de torres distantes dos equipamentos traria maiores custo, graças ao consumo elétrico de bombas de água de condensação e o da água tratada.

Fonte: Portal EA

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