Evento faz parte da programação da VI ExpoQualindoor promovida pela ABRAVA
Uma das atividades do primeiro dia do VI Expo Qualindoor, realizada na manhã de quinta-feira, 12, abordou a Qualidade do Ar Interno em hospitais. Ministrada por André Castilho, da COVISA (Coordenadoria de Vigilância em Saúde) da cidade São Paulo, a palestra provocou todos a participar de um esforço coletivo em defesa do tema.
Organizado pela ABRAVA, a qualidade do ar em interno em hospitais ganha cada vez mais força após a pandemia do coronavírus, fato apresentado na palestra de Castilho. O tema tem muita relevância epidemiológica, pois doenças como a Covid-19 se propagam pelo ar, especialmente em ambientes fechados.
Para mostrar a importância da qualidade do ar em espaços internos, Castilho expôs um quadro com as principais causas de morte em 2019, com a inclusão da Covid-19. Se somar essa com as doenças pulmonares obstrutivas e infecções do trato respiratório, o número de mortes seria de 10,1 milhões de pessoas.
Relação do Ar com o Cotidiano
Na abertura de sua fala, Castilho manifestou que ninguém pode escolher o ar que vai respirar no ambiente interno. Em contraposição, ele exemplificou que as pessoas podem selecionar qual água ou alimento irão consumir em qualquer lugar.
Conforme o profissional da COVISA, cada pessoa fica 90% do tempo em espaços fechados, pois durante um único dia fica em casa, no transporte e no trabalho. Com o intuito de concluir a parte, ele demonstrou como é o consumo de ar de cada um:
- Minuto: 6 a 8 litros
- Hora: 400 litros
- Dia: 11000 litros
- Mês: 330.000 litro
Qualidade do Ar Interno em Hospitais
De acordo com o biólogo, os espaços de saúde são ambientes altamente contaminados. Em sua palestra sobre qualidade do ar interno em hospitais, Castilho mostrou uma imagem de uma sala de enfrentamento ao covid-19 retirada da internet.
Na foto, estão os pacientes, os profissionais de saúde e um ar-condicionado split, o que ele considera problemático. “Diante desse quadro temos de ter um olhar especial para os ambientes de assistência à saúde. A legislação é boa, mas não é cumprida”, afirma Castilho.
Existem duas legislações que detalham como deve ser a qualidade do ar interno em hospitais, de acordo com o profissional do COVISA. A primeira é a Lei Federal 13.589, que visa eliminar ou minimizar os riscos potenciais à saúde dos frequentadores daquele espaço.
Esse dispositivo preconiza que os prédios públicos ou de uso coletivo, com ambientes de ar interior climatizados artificialmente, precisam dispor de um Plano de Manutenção, Operação e Controle – mais conhecido como PMOC -.
O complemento da legislação do ar de ambientes de saúde é a NBR 7256. A norma estabelece os requisitos mínimos para projeto e execução de instalação de tratamento de em Estabelecimentos Assistenciais de Saúde (EAS).
Na NBR 7256 contém informações sobre filtragem, renovação do ar e diferencial de pressão para todos os ambientes de locais de atendimento ou tratamento médico.
Como os setores responsáveis são incapazes de estar em todos os locais, quem entende pode fiscalizar os sistemas. “Devem denunciar para que a vigilância sanitária possa estar nesses ambientes”, recomendou Castilho.
Redação WebArCondicionado
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