25º graus em Washington DC, nos Estados Unidos. Os escritórios funcionam com o uso constante do ar-condicionado. A mesma temperatura é marcada em Berlim, na Alemanha, do outro lado do Atlântico. No entanto, os funcionários das companhias locais dispensam a refrigeração do aparelho.

Fatos como esses mostram que, embora o clima seja semelhante em muitas cidades de regiões diferentes no mundo, isso não significa que a população desses locais possui a mesma adaptação às temperaturas, ou mais especificamente, não quer dizer que o uso de ar-condicionado receba o mesmo tratamento nessas regiões.

Diferença no comportamento
Esse contraste pode ser exemplificado claramente quando observamos o comportamento de norte-americanos e europeus quando o assunto é climatização: o tempo nas duas cidades acima tem sido muito semelhante recentemente, mas há uma diferença marcante entre essas capitais, considerando que os norte-americanos provavelmente nunca irão considerar viver ou trabalhar em edifícios sem ar-condicionado, enquanto muitos alemães pensam que a vida sem o controle de temperatura é muito superior.

Outro fato muito comum que serve para expressar essa diferença é que muitos europeus ao visitarem os Estados Unidos queixam-se frequentemente sobre o “frio” dentro dos ônibus ou hotéis. Ao mesmo tempo, turistas norte-americanos sentem-se incomodados com a capacidade dos europeus de lidar com o calor, mesmo no trabalho ou em suas casas particulares.

 

Além da temperatura
As diferenças de temperaturas ideias para as duas populações não são a única razão para a relutância dos europeus em comprar sistemas de refrigeração. Isso também está associado às diferenças culturais. É comum que os norte-americanos mantenham os seus termostatos à mesma temperatura durante o ano todo. Em contraste, os europeus tendem a optar por ambientes mais frescos no verão e mais quentes no inverno. Por causa disso, quando estão em lugares fechados, os europeus vestem blusões no inverno, enquanto os norte-americanos usam essa peça de roupa também no verão.

Além disso, os habitantes do velho continente geralmente são mais acostumados a temperaturas mais quentes porque a maioria deles cresceu sem qualquer ar-condicionado. A consciência referente às alterações climáticas também serve para ilustrar essa diferença. De acordo com uma pesquisa de 2014, a maioria dos europeus gostariam de realizar mais ações para conter o aquecimento global.

Dois terços de todos os cidadãos do continente concordam que as economias devem ser utilizadas de uma forma ambientalmente amigável, provando que é por isso que muitos deles preferem suar por alguns dias do que sofrer continuamente os efeitos do aquecimento global no futuro.

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Soluções para os europeus
Com certeza, existem vantagens que o ar-condicionado proporciona que até mesmo os europeus admitem: diversos estudos mostram claramente que o resfriamento melhora a eficiência do trabalho durante o verão, bem como os padrões de sono e até mesmo reduz a mortalidade. Então, por que os europeus simplesmente abandonam essas vantagens?

Acontece que se recusar a usar o ar-condicionado não significa necessariamente que a pessoa tem que suar. A questão é que existem outros meios para se adaptar e aliviar o calor. Existem regulamentos na Europa que forçam as empresas a construir seus espaços de trabalho com mais eficiência de energia, conforme afirma o New York Times. Por exemplo, o ar frio pode ser bombeado do subsolo e as paredes podem ser construídas com mais resistência ao calor do lado de fora: lembre-se daquelas paredes grossas de tijolo na maioria dos lares europeus que vemos na TV.

O problema nos Estados Unidos
Quando se trata de ar-condicionado na América, deve-se destacar os impactos um tanto quanto perigosos devido ao uso intenso do aparelho pela população do país, já que 87% das famílias são usuárias, colocando o país na liderança quando o assunto é o uso de uso de ar-condicionado.

No longo prazo, a dependência do aparelho nos Estados Unidos pode tornar mais difícil para pedir a outros países que continuem a abster-se de usá-lo para economizar energia. “Se todos adotassem o estilo de vida com ar-condicionado dos Estados Unidos, o uso de energia poderia aumentar dez vezes até 2050″, explicou Stan Cox, pesquisador que estuda o controle do clima.

Dado que a maioria das cidades em expansão do mundo estão em lugares tropicais, e que nenhum deles até agora têm adotado a abordagem europeia para o ar-condicionado, tais cálculos devem levantar preocupações justificadas para conter o crescente uso de energia no mundo inteiro.

No caso da diferença abordada aqui entre as duas regiões, fica a reflexão sobre usar o ar-condicionado com intensidade e consumir mais energia em contraste com abrir mão de seu uso e adaptar-se com outros meios para conter o calor.

E você, com qual característica se identifica: a norte-americana ou a europeia?

 

Redação do Portal WebArCondicionado. Com informações de The Washington Post.

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