Por Leonardo Cozac – Colunista do WebArCondicionado
A qualidade do ar interior (QAI) em edifícios comerciais tem recebido a atenção da imprensa ultimamente, principalmente após a morte do ex-ministro das comunicações Sérgio Motta e a consequente publicação da Portaria 3.523 pelo Ministério da Saúde em 28 de agosto de 1998.
Diversas legislações e normas técnicas foram publicadas no Brasil desde então, bem como inspeções e fiscalização por agentes sanitários, trabalhistas e de conselhos de órgãos de classe em sistemas de ar condicionado.
Porém, pode-se argumentar que são as escolas, juntamente com a ambientes hospitalares, que têm as maiores implicações quando se trata da diferença entre bom e mau desempenho de QAI. Os alunos gastam cerca de 4 a 5 horas diárias, cinco dias por semana, 40 semanas por ano, durante aproximadamente 13 anos em salas de aula. As características desses espaços são muito importantes para o desenvolvimento dos alunos.
A Resolução 09 de 16 de janeiro de 2003 da ANVISA – Agencia Nacional de Vigilância Sanitária, recomenda o máximo de 1000 partes por milhão (ppm) de CO2 para ambientes internos.
A ventilação inadequada faz com que CO2 e contaminantes do ar interior se acumulem em espaços ocupados. Em um grande número de escolas, os níveis de dióxido de carbono passam de 3.000 ppm.
A realidade mostra cada vez mais salas de aula com mais alunos e com menos espaço e janelas reduzidas, causam esse ambiente saturado.
Uma consequência adicional da ventilação inadequada é o acúmulo de outros contaminantes do ar interior, como os compostos orgânicos voláteis – COVs, incluindo o formaldeído.
Os COVs podem ser encontrados em diversos produtos de construção e manutenção utilizados nas salas de aula, incluindo tapetes, vinil, tintas, selantes, plásticos, produtos de madeira, móveis, eletrônicos, agentes de limpeza e tantos outros.
Outro grande problema é a capacidade do ar interior de espalhar infecções virais e bacterianas, sendo a proliferação de mofo um fator de contribuição especial.
Há uma crescente incidência de condições de saúde crônicas, como asma, viroses, alergias e outras sensibilidades. A asma é a principal causa de faltas nas escolas entre as crianças dos Estados Unidos.
Recentemente, a prefeitura da cidade de Santos/ SP, licitou a compra de 3.000 aparelhos de ar condicionado do tipo Split para escolas do município. Apesar de ser uma ação com objetivo de trazer conforto aos alunos e professores, é uma catástrofe em relação a qualidade do ar interna.
Para ser utilizado em ambientes não residenciais, deve ser feito adaptações como sistema de filtragem eficiente e renovação de ar, que permitam ao ambiente não ter um ar saturado.
O aparelho Split convencional não possui filtragem adequada e nem renovação de ar. Infelizmente em nosso país esse tipo de equipamento vem sendo utilizado em aplicações não residências em larga escala e representa mais de 90% das vendas de aparelho de ar condicionado no Brasil.
Isso resulta em diversos ambientes com instalações irregulares, fora das normas técnicas e legislações brasileiras.
Estudo da Universidade Técnica da Dinamarca, mostra ganhos de performance dos alunos em 14,5% em ambientes com uma boa qualidade do ar. Isso representa que um aluno é capaz de aprender em 06 anos o que ele aprenderia em 07. Nem precisa ser bom em matemática para enxergar o ganho financeiro para um país com investimentos nesse assunto.
Um Programa de Qualidade do Ar em Escolas deve estar na agenda de desenvolvimento do país, principalmente quando o governo deseja ser uma PÁTRIA EDUCADORA.
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