A Midea comunicou que dará mais um passo para conquistar espaço na América Latina. A fabricante irá desembolsar US$ 30 milhões nos próximos três anos numa operação comercial para vender os produtos, incluindo o ar-condicionado, em 14 países da América Latina e Caribe, como Colômbia, Bolívia, Porto Rico, República Dominicana e Jamaica (onde a empresa ainda não estava). A ampliação também acontecerá no México, onde há uma pequena operação desde 2011.

“A América Central e o Caribe são mercados que estão numa situação mais positiva economicamente do que o Brasil. Esses mercados para eletrodomésticos cresceram em 2015 e 2016, entre 2% e 5%, e vão crescer também em 2017”, justifica João Claudio Guetter, presidente da empresa para a América Latina.

A atuação da Midea no Brasil, Argentina e Chile em 2016 não foi boa, e a divisão da América Latina perdeu participação nas vendas globais da companhia. “Hoje respondemos por mais ou menos 2,5% e 3% do faturamento do grupo e, dois anos atrás respondíamos por 5%”, explica Guetter. Em 2015, que é o dado mais atualizado de vendas globais, a empresa faturou US$ 22,17 bilhões, sendo 7,6% inferior ao ano anterior. Além do recuo do mercado de eletrodomésticos nesses três países, a desvalorização do peso e do real em relação ao dólar ajudou a reduzir a porção da região nas vendas globais.

Ar-condicionado em vantagem
Apesar da queda nas vendas de eletrodomésticos no País, o presidente da empresa no Brasil, Felipe Costa, alega que a retração registrada pela companhia foi menor do que a média do mercado. Em relação aos aparelhos de ar condicionado, que são produzidos na fábrica de Canoas (RS), o mercado encolheu 35% no ano passado, mas a empresa teve uma queda inferior a 30% nas mesmas bases de comparação. Além do aparelho e do forno de micro-ondas, fabricados localmente, a empresa importa da China lavadoras, cooktops, secadoras e eletroportáteis para vender por aqui.

Redação do Portal WebArCondicionado
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