Por Ivan Romão, em coautoria com o Eng. Arnaldo Lopes Parra
Ar-condicionado dos shoppings centers

Confira como os aparelhos de ar-condicionado dos shoppings centers são usados pensando na qualidade do ar interno.

Vacinados, de máscara, portando álcool em gel, mantendo os protocolos de distanciamento social – enfim, tomando os cuidados possíveis –, estamos voltando a frequentar diversos ambientes fechados, entre eles os shoppings centers.

E se as pessoas devem tomar as medidas certas para evitar o contágio do coronavírus (cuja pandemia, lembremos, ainda não terminou), os estabelecimentos devem ser firmes em relação aos cuidados necessários para que as atividades comerciais se mantenham seguras.

Uma preocupação, no caso dos shoppings, deve ser os sistemas de ar-condicionado, pois a forma mais frequente de contaminação do Sars-Cov-2. Nesse sentido, a importância demandada para a manutenção dos sistemas de condicionamento e ventilação foi ampliada.

Antes mesmo da pandemia, evidentemente, os centros de compra Brasil afora já cuidavam da qualidade do ar de seus ambientes, protegendo seus clientes de outros problemas sanitários e garantindo a circulação saudável das pessoas, seja qual for o tamanho do estabelecimento de que estamos falando.

O dia a dia dos shoppings, com todo aquele vai e vem de pessoas e mercadorias, inclui operações que podem passar invisíveis aos olhos da maioria, mas que são essenciais para a segurança do prédio inteiro – e do ar que se respira lá dentro.

Nos bastidores, os facilities managers (FM, profissionais treinados para o trabalho de manutenção dos aparelhos de ar-condicionado) estão munidos de softwares de automação, controle e operação que controlam temperatura e umidade dos ambientes internos, por exemplo.

Os FM também são responsáveis por observar diretamente o estado de conservação das centrais, de filtros, bandejas de condensação, serpentinas, ventiladores e salas de máquinas.

Com o controle em dia de tudo que envolve os equipamentos, os shoppings acabam ganhando também em eficiência energética, pois a automação pode ativar ou desativar equipamentos, com ajustes de horários, ocupação, interação com as grandezas climáticas externas (aumentando ou diminuindo a inserção de ar externo), para ficar apenas em alguns exemplos.

Nos casos apontados, controle significa economia, o que é importante não só para o shopping como para os lojistas. Tal controle também é importante para a cultura da sustentabilidade, pois o uso racional dos sistemas de climatização demanda menor consumo de energia e, portanto, de água.

O desenvolvimento de novas tecnologias de climatização colabora com esse uso sustentável de recursos: alguns equipamentos já apresentam de fábrica opções que objetivam a economia energética, como compressores com variação de frequência, monitoração e controle de CO2 e ar externo, automação e operação sob demanda de público. Além da eficiência energética, o controle e a precisão desses índices vai melhorar a Qualidade do Ar de Interiores (QAI).

Então, a boa QAI passou a ser de extrema importância em tempos de coronavírus, pois com ela tem-se uma atmosfera interna que minimiza a propagação de vários tipos de poluentes, entre eles as cargas virais.

Tendo como meta executar uma manutenção de alto nível e em periodicidade responsável das centrais de ar-condicionado dos shoppings centers, os clientes vão respirar mais tranquilos ao fazerem suas compras, assim como os lojistas e a sociedade.

Ivan Romão é gerente da Febrava, a principal feira da cadeia AVAC-R; Arnaldo Lopes Parra é especialista em PMOC e diretor de relações institucionais da ABRAVA

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