Redação do Portal WebArCondicionado
Se você não é um negacionista do Aquecimento Global, então faz parte das pessoas que já conhecem muito bem quais são os resultados das elevações das temperaturas globais: enchentes, degelo, secas intensas, alteração das correntes marítimas e de massas de ar, danos à fauna e flora mundiais, e por aí vai.
Porém, o que surge como novidade é um estudo feito no Japão que correlaciona o sexo dos futuros bebês com esse fenômeno. Aparentemente, a pesquisa revelou indícios de que, em temperaturas elevadas, a gestação das mulheres é afetada e o sexo do bebê também. Vamos entender?
Qual a relação Aquecimento Global x Sexo dos bebês?
O Doutor Misao Fukuda, do Instituto de Saúde M&K da cidade de Hyogo, no Japão, reuniu dados do nascimento de bebês no país após desastres como terremotos e tsunamis. Ao que tudo indica, nove meses após esses desastres, é possível observar uma redução que varia de 6% a 14% no nascimento de bebês do sexo masculino. Estranho, não é? Seria apenas uma coincidência?
Estresse e aborto
Pois o cientista estadunidense Steve Orzack explica que o normal é ocorrerem mais mortes de bebês do sexo feminino no útero da mãe, do que de bebês do sexo masculino. Isso porque o corpo da grávida descarta naturalmente fetos que possam ter alguma má formação.
Como as meninas já carregam no útero todos os óvulos que vão produzir na vida, os fetos do sexo feminino possuem naturalmente mais chances de serem rejeitados e abortados de forma espontânea – pois o crivo com seus pequenos corpinhos é mais criterioso. A relação mundial é de 103 ou 106 meninos para cada 100 meninas que nascem.
Fetos masculinos ficam mais frágeis sob estresse
Porém, isso vai de encontro aos números apontados por Fukuda no Japão, que leva em conta os fatores de estresse ambientais. Segundo o pesquisador Ray Catalano, da Universidade da Califórnia, apesar das taxas observadas comumente, os bebês do sexo masculino tendem a ser mais suscetíveis a morrerem nos primeiros meses de vida. Não há consenso se os bebês meninos são mais frágeis que as meninas, mas alguns cientistas acreditam que sim.
As baixas temperaturas favorecem, portanto, a gestação e os primeiros meses de vida das meninas, pois oferecem menos estresses para as mulheres grávidas. Já no calor, como observaram os cientistas, o nível de estresse sobe e a gestação fica mais complicada, também afetando os primeiros meses de vida da criança.
Desse modo, o Aquecimento Global estaria criando condições para que haja uma grande disparidade nas taxas de nascimento entre um sexo e outro no futuro.
Por enquanto é tudo suposição
Embora esses estudos estejam sendo feitos em grandes centros científicos do mundo, todos eles são muito recentes. Nenhum dos cientistas aponta uma causa definitiva para as variações nas taxas de nascimento. Tudo o que estão levantando é que parece existir essa correlação entre altas temperaturas e suas consequências ambientais, com a natalidade de meninos e meninas.
Porém, diversos outros fatores precisam ser levados em conta. Por enquanto, é apenas mais uma consequência do Aquecimento Global para se ficar de olho.
E você, o que acha desse futuro onde existiriam mais homens do que mulheres ou vice e versa?
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