Redação Portal WebArCondicionado

Nos últimos anos vimos de perto a mudança no tipo de fluidos refrigerantes que os aparelhos continham. Acompanhamos a mudança para o R410a, mas em cinco anos, no máximo, teremos novamente uma revolução.

Seguindo os requisitos do Protocolo de Montreal, que visa eliminar o uso de gases refrigerantes que destroem a camada de ozônio, a saída do R410a das linhas de produção tem como data limite o ano de 2025.

Leia também: Protocolo de Montreal no combate aos fluidos refrigerantes nocivos

A mudança do R22 para o R410a

Uma das características mais marcantes do R410a foi o fato de ele não conter cloro, deixando seu efeito na camada de ozônio nulo, além de ser utilizado em sistemas de estanque, significando que através de uma boa manutenção ele evita vazamentos.

O próprio design dos aparelhos de ar condicionado foi beneficiado com a entrada do R410a, pois foram reduzidos de tamanho nos últimos anos, já que é um gás refrigerante não tóxico e não inflamável, mesmo em caso de vazamentos e possui boas propriedades termodinâmicas (possui capacidade de refrigeração volumétrica maior que R22), que permite o uso de compressores de deslocamento menores para obter a mesma capacidade de refrigeração.

De acordo com o engenheiro industrial espanhol, Felix Sanz, “o outro lado da moeda é que o R410A requer uma reformulação completa do equipamento, ou seja, não permite a substituição direta nos sistemas existentes projetados para o R22. Para realizar um retrofit, é necessário, na maioria dos casos, realizar alterações no sistema, que incluem o compressor, o tubo capilar, o condensador e, em alguns casos, o evaporador; da mesma forma, requer óleos lubrificantes específicos”.

Leia mais: Qual fluido refrigerante meu aparelho utiliza e é possível alterá-lo?

Mudanças de fluidos refrigerantes que estão por vir

Na Europa é mais visível algumas alterações já consolidadas do R410a pelo R32. Sendo uma das novas apostas da indústria, o R32 também tem impacto zero na camada de ozônio, fácil de reciclar, pois é puro, com uma grande capacidade de refrigeração, sendo necessário menos refrigerante (30%) para atingir os mesmos níveis de resfriamento.

Mesmo estando no grupo dos gases ligeiramente inflamáveis (por isso atrasou sua entrada no mercado europeu), seu uso é regulamentado nas Normas de Segurança para Instalações de Refrigeração e é totalmente seguro, em conformidade com os regulamentos. Essa circunstância faz dele uma estrela em crescimento, afinal, muitos fabricantes europeus de equipamentos de ar condicionado optaram por sua utilização nos novos equipamentos.

Outro fato que conta a favor do R32 é a quantidade termodinâmica que mede a energia que um sistema pode trocar com seu ambiente, onde o R32 apresenta melhores resultados que o R410a. Ou seja, é necessária menos energia para produzir a mesma temperatura, o que, juntamente com a maior capacidade de refrigeração do R32, significa que ele tem melhores taxas de eficiência energética. Este último o torna ideal em um contexto de ampla economia de energia, no interesse da sustentabilidade ambiental.

Leia aqui: Gás Refrigerante R-32: Ar-Condicionado e Aquecimento Global

Essa alterações que a indústria vem sofrendo desde quando foi implementado o Protocolo de Montreal deixa claro o esforço do setor HVAC-R mundial afim de atingir o compromisso com a eficiência energética e com o meio ambiente. A cada alteração fica mais palpável o benefício da sociedade e das próximas gerações em relação a sustentabilidade.

Queremos saber sua opinião! A substituição pelo R32 é a melhor opção? Aposta em outro fluido? Até a próxima!

Compartilhar: